Em algumas sociedades tribais, por sua vez, onde tais momentos de transição eram considerados sagrados, haviam rituais de iniciação e celebração para honrar o sangue e o início de um novo ciclo. As meninas se isolavam com as mulheres maduras para serem orientadas sobre os mistérios e segredos que rondam o sangue menstrual, e no retorno eram acolhidas por toda a tribo com festejos. A partir daí, tais mulheres poderiam se juntar às outras durante seus períodos em tendas (Tendas da Lua, Tendas Vermelhas, etc), onde permaneciam em isolamento, devolvendo seu sangue pra terra, tecendo, massageando umas às outras, passando à sabedoria ancestral das mais velhas para as mais novas e recebendo mensagens dos outros planos. Para estas comunidades, as mulheres possuíam um poder especial neste período e, assim, estavam fortemente intuitivas e capazes de se conectar com forças do além. Nós, enquanto mulheres maduras e sangrentas à mais tempo, podemos sim resgatar tais costumes celebrando a menarca de nossas meninas como um momento de especial força, onde o amor da Grande Mãe está brotando de seus úteros, permitindo que elas amadureçam pouco à pouco neste caminho do Ser Feminino.
Ontem eu celebrei a menarca de uma bela menina! Presenteei-a com uma pedra (representando a pedra da menstruação) que eu trouxe do Lago Titicaca, na Bolívia, um dos lugares mais lindos e poderosos que já conheci. Ela também recebeu flores, chocolates e vários bilhetes de incentivo à alegria e orgulho por este momento sublime e cheio de vida. Mesmo estando longe, eu espero que ela tenha se sentido acolhida, amada e nutrida por todas nós, as mulheres de sua família!!!
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